O município de Jerez de los Caballeros é habitado desde a antiguidade, existindo vestígios arqueológicos como o dólmen Toriñuelo. Acredita-se que os fenícios conheceram a região e lhe deram o nome de Ceret. Durante a ocupação romana, Jerez, conhecida como Fama Iulia Seria, era uma vila habitada, evidenciada pelos achados na vila de Pomar e pela sua proximidade com cidades importantes como Itálica e Emerita Augusta. Também foram encontradas inscrições e vestígios que indicam a presença de famílias romanas.
Veja o vídeo
Na época visigótica destacam-se achados como uma lápide na igreja de Santa María. Durante a dominação árabe, a cidade era conhecida como Xerixa ou Xeris e foi um local significativo, embora restem poucos monumentos dessa época, além de vestígios em bairros como Morería e Alhóndiga. Em 1230, com a conquista de Alfonso IX de Leão e a ajuda dos Templários, iniciou-se a era cristã na região, o que levou ao repovoamento e ao desenvolvimento. A dissolução da Ordem do Templo em 1312 trouxe mudanças para a área, passando a fazer parte da Coroa. Jerez tornou-se uma cidade real com direitos nas Cortes de Castela.
Durante a era renascentista, Jerez de los Caballeros contribuiu significativamente para a conquista da América, com figuras notáveis como Vasco Núñez de Balboa e Hernando de Soto. No século XVI, a cidade cresceu em importância e população, recebeu privilégios de Carlos I e enfrentou declínio nos séculos XVII e XVIII devido à pobreza e aos conflitos, incluindo as invasões portuguesas.
Desde 1834, Jerez é a sede do distrito judicial. No censo de 1842, registrou 1.691 domicílios e 6.120 vizinhos. Na primeira metade do século XX, a ferrovia chegou com a linha Zafra-Jerez de los Caballeros em 1936, embora projetos posteriores não tenham se concretizado. A estação local ofereceu serviços de passageiros e carga até 1969, quando o tráfego de passageiros foi interrompido. Em 1943, o prefeito de Jerez foi eleito procurador na primeira legislatura das Cortes Franquistas, representando os municípios da província.
Torre de Homenagem
É a maior torre da Fortaleza Templária.
Segundo a história, há mais de 700 anos o Papa Clemente ordenou o fim da Ordem dos Cavaleiros Templários e expulsá-los de Jerez. Mas os Cavaleiros Templários recusaram-se a abandonar Jerez. Eles se trancaram na fortaleza e se prepararam para a batalha. Os que sobreviveram trancaram-se nesta torre, mas perderam a batalha e foram punidos. Como punição, eles cortaram suas cabeças e jogaram seus corpos na torre.
Esta torre é conhecida hoje como Torre Sangrenta.
